“Maio Amarelo” reduz mortes no trânsito em quase 60%

Maio foi um mês intenso para os agentes do Departamento de Estradas de Rodagem do DF. Ao longo de mais de trinta dias, eles se fizeram ainda mais presentes nas vias do nosso Distrito Federal, levando educação aos motoristas e tentando despertar nos condutores a necessidade de uma mudança de comportamento no trânsito.

Os resultados da primeira edição do “Maio Amarelo” aqui no DF foram animadores. Mais de 22 mil pessoas foram impactadas durante as abordagens – entre motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Além das operações tradicionais, pelo menos 11 blitzen foram realizadas em algumas das nossas principais vias. Quem era parado recebia orientações sobre o trânsito seguro. Mais de 10 mil kits (com panfletos, camisas, jogos e até bafômetros descartáveis) foram distribuídos.

Ao todo, quatro mil multas foram emitidas no período. Pelo menos 200 delas, contra motoristas que insistiram em dirigir depois de beber. Graças ao trabalho dos agentes, o número de mortes provocadas por acidentes de trânsito também caiu significativamente. Segundo dados ainda não oficiais, no mês passado, pelo menos 19(*) perderam a vida nas vias do DF. Uma redução de quase 60% em relação a maio de 2013.

Sangue no asfalto

Apesar de todo o trabalho feito pelos agentes do DER, alguns motoristas ainda não aprenderam a lição. E foi justamente depois de beber e dirigir que um condutor acabou tirando a vida de mãe e filha, na DF 079. O acidente aconteceu na madrugada do Dia das Mães.

Alessandra Tibau Trino, de 33 anos, e a filha Júlia Trino de Oliveira, de um ano e meio, voltavam para casa, em Águas Claras, quando o veículo delas foi atingido pelo carro de Rafael Sedite, de 33 anos. Alessandra morreu na hora. Júlia chegou a ser socorrida, mas também não resistiu. Segundo a polícia, o motorista que provocou o acidente estaria dirigindo sob efeito de álcool e com a carteira suspensa desde 2010, pelo mesmo motivo.

Ele chegou a ser preso, mas, pagou fiança no valor de R$ 30 mil e vai responder em liberdade…. Já, mãe e filha…

Maio o ano todo

Quantas Júlias e Alessandras terão que morrer para que nós, motoristas, compreendamos que essa mistura maldita não dá certo? Quantas famílias serão destruídas pela irresponsabilidade dos outros? A fiscalização está nas ruas, mas ela nunca será suficiente, diante do exército de assassinos em potencial, que abastecem seus tanques com o sangue de inocentes. Essa consciência deve nascer de você, caro leitor! Seja, você também, o principal agente de um trânsito seguro!

E que o ano todo seja “Maio”!!!!!

(*) Mortes registradas no local do acidente. Ainda sem levar em conta, vítimas socorridas e que morreram nos hospitais, em virtude dos ferimentos.

Fonte: R7